Conforme apresenta o senhor Aldo Vendramin, a urgência de enfrentar as mudanças climáticas tem levado à busca por soluções sustentáveis em todos os setores, especialmente no transporte, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa. Com o aumento da frota mundial de veículos e o crescimento das cidades, torna-se essencial repensar as formas de locomoção para reduzir a pegada de carbono.
É nesse contexto que discutimos como a energia sustentável pode revolucionar o transporte. Acompanhe, a seguir, os principais caminhos para essa transformação.
Biocombustíveis são uma solução viável para o transporte sustentável?
Os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, apresentam-se como alternativas promissoras aos combustíveis fósseis. Derivados de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar, o milho e óleos vegetais, eles possuem menor emissão de carbono em seu ciclo de vida. Além disso, sua produção pode movimentar a economia agrícola e gerar empregos no campo, contribuindo também para o desenvolvimento regional.

Apesar das vantagens, os biocombustíveis enfrentam desafios para sua adoção em larga escala em todo o mundo. Em países com menor capacidade agrícola, a produção pode não ser viável ou competitiva. Como destaca Aldo Vendramin, outro ponto crítico é a necessidade de adaptação da frota de veículos para queimar eficientemente esse tipo de combustível. Em muitos casos, isso implica em custos adicionais que podem dificultar sua popularização.
O hidrogênio pode substituir os combustíveis fósseis no transporte?
De acordo com Aldo Vendramin, o hidrogênio verde, obtido a partir da eletrólise da água com energia renovável, desponta como uma solução de alto potencial para o transporte sustentável. Ele não emite poluentes durante a combustão e pode ser usado em veículos com células a combustível, que geram eletricidade para mover o motor. Essa tecnologia é especialmente promissora para o transporte pesado e de longa distância, como caminhões e trens.
Além das barreiras técnicas, o custo de produção do hidrogênio verde ainda é elevado em comparação com os combustíveis tradicionais. A eletrólise requer abundância de energia, e a utilização de fontes renováveis ainda é limitada em escala global. Também há desafios logísticos no armazenamento e transporte, já que o hidrogênio é altamente inflamável e exige cuidados especiais. Mesmo assim, diversos governos e empresas já investem em projetos-piloto e iniciativas de pesquisa para viabilizar essa tecnologia.
Painéis solares em veículos são realmente eficazes?
A utilização de painéis solares diretamente em veículos ainda é uma inovação em estágio experimental, mas tem mostrado resultados promissores. Carros, ônibus e até barcos equipados com placas fotovoltaicas conseguem gerar parte da energia necessária para seu funcionamento. Como considera o empresário Aldo Vendramin, isso pode reduzir a dependência de fontes externas de energia e prolongar a autonomia dos veículos elétricos.
Além da aplicação direta em veículos, os painéis solares têm papel fundamental na infraestrutura de apoio à mobilidade elétrica. Estações de recarga abastecidas por energia solar podem tornar o transporte mais limpo, descentralizado e econômico. Essa combinação entre geração distribuída e veículos elétricos cria um ecossistema de transporte mais resiliente e sustentável. Governos e empresas podem liderar essa transformação ao investir em políticas de incentivo à energia solar e à mobilidade elétrica.
Em resumo, reduzir a pegada de carbono no transporte é um dos principais desafios para enfrentar a crise climática e construir um futuro mais sustentável. A transição energética no setor de mobilidade depende de uma ação coordenada entre governos, empresas e consumidores. Para Aldo Vendramin, com inovação e compromisso ambiental, é possível repensar o transporte de forma sustentável e eficiente.
Autor: Jormun Dalamyr