Segundo o especialista da área Rodrigo Balassiano, os FIDCs estruturados para exportação estão ganhando destaque como uma alternativa estratégica para fomentar o comércio exterior brasileiro, especialmente entre pequenas e médias empresas que enfrentam barreiras no acesso ao crédito tradicional. Ao permitir a antecipação de recebíveis provenientes de contratos internacionais, esses fundos viabilizam capital de giro, reduzem a dependência de financiamentos bancários e oferecem previsibilidade financeira para operações no mercado externo.
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O que são FIDCs estruturados para exportação e como funcionam?
Os FIDCs estruturados para exportação são fundos de investimento em direitos creditórios voltados especificamente à aquisição de recebíveis relacionados a operações de exportação. Isso inclui contratos de venda internacional, ordens de pagamento, duplicatas ou instrumentos financeiros decorrentes de comércio exterior. Ao adquirir esses ativos, o FIDC antecipa os valores a que o exportador teria direito no futuro, fornecendo liquidez imediata para a continuidade das atividades empresariais.

Como destaca Rodrigo Balassiano, esse tipo de estrutura é especialmente útil para empresas que exportam em condições de pagamento parcelado ou com prazos longos. Com a antecipação desses créditos, é possível financiar a produção, arcar com custos logísticos e investir em novos mercados sem depender exclusivamente de linhas de crédito com juros elevados. O fundo se remunera pelo deságio aplicado à aquisição dos recebíveis e pela taxa de retorno acordada com os cotistas, o que torna a operação viável para ambas as partes.
Quais são os benefícios dos FIDCs estruturados para exportação?
Os FIDCs estruturados para exportação oferecem diversos benefícios tanto para os exportadores quanto para o mercado financeiro como um todo. O principal deles é o acesso facilitado a capital de giro, que permite aos empresários manterem a competitividade internacional mesmo em contextos de alta volatilidade cambial ou restrição de crédito bancário. Essa flexibilidade financeira é vital para que empresas brasileiras possam atender às exigências de seus compradores no exterior com pontualidade e qualidade.
Conforme o especialista Rodrigo Balassiano, a redução do risco de crédito para o exportador é outro benefício relevante. Ao vender seus recebíveis ao FIDC, a empresa transfere parte do risco de inadimplência para o fundo, que possui estrutura e expertise para gerir esse tipo de exposição. Isso libera o exportador para focar em sua atividade principal — a produção e venda de bens e serviços — enquanto o fundo se responsabiliza pela cobrança e monitoramento dos recebíveis internacionais.
Quais setores podem se beneficiar desse novo nicho promissor?
Diversos setores podem aproveitar as oportunidades oferecidas pelos FIDCs estruturados para exportação, especialmente aqueles com forte presença internacional e necessidade recorrente de capital de giro. O agronegócio, por exemplo, é um dos grandes beneficiários dessa estrutura, já que muitas exportações de grãos, carnes e produtos agroindustriais são realizadas com prazos longos e em mercados exigentes. Os FIDCs possibilitam que produtores e cooperativas antecipem receitas e mantenham a operação em ritmo constante.
O especialista Rodrigo Balassiano também aponta o setor de tecnologia como um candidato natural a esse tipo de financiamento. Startups e empresas de software que prestam serviços para o exterior podem utilizar FIDCs para antecipar contratos de licenciamento, assinaturas ou consultorias. Essa estratégia oferece fôlego financeiro para expansão internacional e desenvolvimento de novas soluções, sem comprometer o caixa da empresa com empréstimos onerosos.
Indústrias de base exportadora — como calçados, têxtil, automotiva e metalúrgica — também encontram nos FIDCs estruturados uma alternativa interessante para sustentar sua presença em mercados internacionais. Ao oferecer previsibilidade de fluxo de caixa e menor dependência de crédito bancário, esses fundos fortalecem a capacidade competitiva das empresas e promovem maior estabilidade nas suas operações de exportação, contribuindo para a geração de empregos e renda no país.
Autor: Jormun Dalamyr