O cenário financeiro do estado traz um alerta para os servidores públicos: o Governo de Sergipe não deve reajustar os salários dos servidores nos próximos meses. A notícia circula nos bastidores políticos e já começa a gerar apreensão entre categorias essenciais, como segurança pública, saúde e educação. Em um momento de alta no custo de vida e inflação acumulada, a ausência de um reajuste representa um duro golpe no poder de compra dos trabalhadores do setor público estadual.
O Governo de Sergipe não deve reajustar os salários dos servidores alegando limitações orçamentárias e responsabilidade fiscal. De acordo com informações de fontes ligadas à administração estadual, o governador Fábio Mitidieri pretende manter o controle das contas públicas e evitar compromissos que pressionem o orçamento em um momento de incertezas econômicas. No entanto, a justificativa não tem sido bem recebida pelos sindicatos, que consideram o congelamento salarial uma injustiça com quem manteve os serviços funcionando mesmo nos períodos mais críticos da pandemia.
A repercussão entre os servidores não demorou. Já se fala em mobilizações e assembleias para discutir ações mais contundentes, inclusive greves. O argumento central é que o Governo de Sergipe não deve reajustar os salários dos servidores mesmo diante de um aumento na arrecadação estadual. Segundo lideranças sindicais, houve crescimento na receita de tributos, o que abre margem para negociações salariais. Apesar disso, o silêncio do governo sobre a possibilidade de revisão dos vencimentos tem deixado a categoria cada vez mais insatisfeita.
Com os salários congelados, os servidores acumulam perdas salariais significativas ao longo dos últimos anos. A inflação corrói o poder de compra e compromete a qualidade de vida de milhares de famílias que dependem diretamente do funcionalismo público. Ainda que o Governo de Sergipe não deva reajustar os salários dos servidores, é preciso considerar o impacto social dessa decisão. O consumo interno tende a cair, afetando o comércio local e prejudicando a economia como um todo, especialmente em cidades do interior onde os salários públicos são a principal fonte de renda.
A decisão do Governo de Sergipe não deve reajustar os salários dos servidores também gera questionamentos sobre prioridades na gestão pública. Enquanto categorias essenciais continuam com vencimentos defasados, investimentos em obras e contratos com valores elevados continuam sendo firmados. Essa dualidade levanta dúvidas sobre onde realmente está o foco da administração estadual e se há uma escuta ativa das demandas dos trabalhadores que fazem a máquina pública funcionar diariamente.
Outro ponto preocupante é o desestímulo à permanência dos profissionais no serviço público. Quando o Governo de Sergipe não deve reajustar os salários dos servidores, ele acaba contribuindo para o êxodo de profissionais qualificados que buscam oportunidades mais vantajosas na iniciativa privada ou em outros estados. A médio e longo prazo, isso pode comprometer a qualidade dos serviços prestados à população e gerar um déficit de mão de obra em áreas estratégicas.
A falta de reajuste também afeta negativamente a motivação dos servidores, que se sentem desvalorizados e esquecidos pela gestão. É preciso reconhecer o esforço diário de quem atua nas escolas, hospitais, delegacias e demais órgãos estaduais. Ignorar esse reconhecimento em forma de atualização salarial é enviar uma mensagem de indiferença. O fato de que o Governo de Sergipe não deve reajustar os salários dos servidores acaba ampliando a distância entre a administração e os profissionais da base.
Diante desse cenário, é fundamental que o Governo de Sergipe reveja sua posição e abra canais de diálogo com as representações sindicais. Mesmo que o Governo de Sergipe não deva reajustar os salários dos servidores neste momento, é necessário estabelecer um calendário de negociação e buscar alternativas que mitiguem os efeitos da defasagem. Transparência, responsabilidade e empatia são elementos indispensáveis para a construção de uma gestão pública mais justa e equilibrada para todos.
Autor : Jormun Dalamyr